Tem até máquina para “coçar” os animais (gif acima) na relação dos investimentos feitos na Cabanha do Winter, em Humaitá, no noroeste do Estado. A propriedade familiar trabalha com a produção de leite e tem conseguido driblar o cenário desafiador com foco em produtividade e qualidade. Mesmo em um curto espaço de tempo — estão há 10 anos na atividade —, já são referência na região.
A história dos Winter será contada no Campo em Debate que ocorre na sexta-feira (24), às 14h, no auditório da Expoagro Cotricampo, feira realizada pela cooperativa, com sede em Campo Novo. Ao lado de especialistas, abordará o futuro da pecuária de leite. Depois de anos vivendo em Estância Velho, Paulo decidiu retornar à cidade onde nasceu e viu na produção uma oportunidade.
Começou com plantel reduzido e fazendo a entrega de leite em tarros. Aos poucos, foi ampliando o número de animais e ajustando o manejo. Hoje, conta com 50 vacas da raça holandesa — com 40 delas em lactação neste momento — e utiliza o confinamento como modelo de produção. Ao longo desse caminho, foram sendo feitas melhorias que incluem o galpão e outros recursos, o mais “recente” deles, a aquisição da máquina que faz as vezes de “coçador”.
— O objetivo é promover conforto, bem-estar. Tudo o que a vaca precisa, oferecemos — explica Kenidi Jardel Winter, filho de Paulo.
Um túnel de vento na pista e uma sala de espera (para a ordenha) com água e ventilação são outras medidas para garantir o bem-estar das fêmeas. No cocho, uma dieta que inclui milho silagem e trigo. Sobre o modelo escolhido — que não é majoritário no RS, onde predomina o gado criado a campo, Kenidi observa:
— O confinamento tem custo maior, mas também ganhos.
Seu Paulo acrescenta que outra ferramenta importante foi o melhoramento genético. E finaliza, sobre a gestão:
— Tem de ter tudo na ponta da caneta.