Os mais de 60 pontos bloqueados nas estradas gaúchas podem prejudicar a distribuição de leite no Estado. A avaliação é do diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat-RS), Darlan Palharini. Isso caso o fluxo de veículos não volte ao normal até meio-dia desta terça-feira (01).
— Há caminhões nesse momento que já estão transportando leite há 48 horas. Se isso se prolongar, a gente começa a ter uma situação muito preocupante — explica o dirigente.
Palharini se refere à perecibilidade da matéria-prima. Assim que recolhido na propriedade rural, o leite pode ficar até 24 horas, no máximo 48 horas, no caminhão, refrigerado — por isso que a situação começa a ficar preocupante a partir do meio-dia desta terça-feira (01). Depois disso, corre risco de estragar.
O tempo transcorrido no transporte se deve ao fato do caminhão passar por várias propriedades até levar à indústria.
Palharini ainda ponderou:
— Por enquanto, o prejuízo é muito pequeno porque a quantidade de horas ainda é curta.
As interdições nas estradas estão sendo feitas por manifestantes contrários à vitória de Lula no segundo turno das eleições. Além do Rio Grande do Sul, ocorrem em pelo menos mais 20 Estados e o Distrito Federal.
*Colaborou Carolina Pastl