A combinação de safra farta e preços valorizados fez as cooperativas agropecuárias gaúchas atingirem em 2021 o maior faturamento nominal da história: R$ 51 bilhões. A cifra representa aumento de 45,9% sobre o resultado de 2020 e amplia o peso desse segmento entre os sete ramos de cooperativismo, conforme dados divulgados nesta terça-feira (28) pela Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs). Um resultado que reflete o desempenho das lavouras de verão no ano passado, quando houve colheita recorde de grãos de verão.
— Um dos fatores mais importantes foi a excelente safra, com a valorização dos preços das commodities. Isso teve um impacto muito forte no crescimento do agro — destacou Darci Hartmann, presidente da Ocergs, sobre o crescimento do último ano.
Mais do que a receita, a produção no campo viabilizou uma sobra, como é chamado o lucro no jargão cooperativista, de R$ 1,03 bilhão entre os associados, avanço de 9,5% em comparação ao ano anterior. O segmento agro também gerou 1.464 empregos, incremento de 3,8%. Hartmann ressaltou que essa performance veio apesar das dificuldades trazidas pela pandemia:
— Os números estão mostrando que temos muito a avançar, mas estamos no caminho certo. O grande projeto do sistema cooperativo é crescer em share de mercado, temos de ser mais competitivos do que os nossos concorrentes.
O faturamento das cooperativas do agro no Rio Grande do Sul representou 71,6% do faturamento total dos sete ramos. Juntas, as 423 cooperativas do RS alcançaram R$ 71,2 bilhões, expansão de 36,8% em relação a 2020.
— A cooperativa gera desenvolvimento e sustentabilidade na sua comunidade — reforçou o presidente da Ocergs sobre o impacto positivo trazido pelo segmento.