Gisele Loeblein

Gisele Loeblein

Jornalista formada pela UFRGS, trabalha há 20 anos no Grupo RBS e, desde 2013, assina a coluna Campo e Lavoura, em Zero Hora. Faz também comentários diários na Rádio Gaúcha e na RBS TV.

Virada positiva

Peso da marca histórica da safra de soja no RS é maior do que o volume colhido

Do impacto à economia até a nova régua de comparação, efeito se multiplica 

Gisele Loeblein

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Diogo Zanatta / Especial
Depois de uma quebra de safra superior a 40%, soja recupera grãos perdidos na última estiagem e indica safra ser 80% maior

Com grandes produções e safras recordes, como a agora estimada para a soja no balanço final da Emater, vêm grandes responsabilidades. Primeiro, porque eleva-se a régua de comparação. Daqui para a frente a marca das 20 milhões de toneladas passa a ser referência. 

Segundo, porque a colheita farta traz a perspectiva de que o produtor gaúcho possa, finalmente, ter maior proveito da valorização do produto. No ano passado, quando o grão engatou patamares históricos de valorização, a produção, encolhida pela estiagem, já tinha sido negociada. E isso se refletiu não só no bolso do agricultor, mas também no resultado da economia gaúcha, que ficou vendo a grama do país, no setor agropecuário, mais verde do que a sua.

E o bom resultado colhido inclusive na Metade Sul, como apontou a coluna, é outro ingrediente que traz um peso diferente para esse resultado. A nova fronteira agrícola da soja, historicamente mais seca, ainda fica aquém do rendimento na metade norte, mas reduz a diferença à medida que combina tecnologia com a boa vontade de São Pedro. E mostra que é preciso seguir atento às particularidades de solo e manejo para que se possa evoluir.

— Dentro da porteira estamos bem. Clima mais competência é igual a 20 milhões de toneladas — respondeu Alencar Rugeri, diretor-técnico da Emater, ao ser perguntado sobre o que, além do tempo, fez a diferença para que se alcançasse esse resultado.

Contou, ainda, claro, a maior área da história dedicada à cultura: 6,07 milhões de hectares. A produtividade média do Estado cresceu, ficando em 3.326 quilos por hectare (ou 55,43 sacas). Há resultados acima e abaixo desse volume. A região da Emater de maior produtividade no Estado foi a de Ijuí, com rendimento médio estimado em 3.781 quilos por hectare (o que representa 63 sacas), seguida de perto por Passo Fundo, com 3.780 (63 sacas de média). A de menor resultado foi a de Bagé, com 2.681 quilos por hectare (44,7 sacas). 

— O clima depois do plantio ficou bom. Não há perdas significativas. E temos o crescente uso de tecnologia. Devido à possibilidade de renda, o produtor usou tecnologia.

Com a colheita ainda em andamento, a chuva segue bem-vinda e necessária para confirmar as previsões.

Ouça o comentário sobre os números da safra no Chamada Geral 1ª edição:

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