Tecnologia, informação e gestão. Esses deverão ser ingredientes primordiais do futuro do agronegócio brasileiro na avaliação de especialistas que debaterem o tema em um dos palcos do South Summit, na Capital. Com uma fatia importante do PIB gaúcho e brasileiro, o setor precisa, também, vencer obstáculos no caminho da inovação. São barreiras que limitam o alcance das ferramentas de produção.
Entra nessa relação a conectividade no meio rural, um gargalo significativo — a cobertura móvel está presente em apenas 19% das propriedades rurais, segundo dados da Anatel.
Para Carlos Eduardo Aranha, líder de Ecossistema da SLC Agrícola, uma guia na direção do futuro do setor:
— Tecnologia, porque precisamos cada vez mais ter acesso, fazer com que o produtor acesse comunicação e energia no campo, para poder medir cada vez mais o que faz.
Na mesma linha, Francis Jardim, da SP Ventures, acrescenta que "só com muita tecnologia" será possível lidar com a complexidade de produzir em um mundo com mudança climática e de consumidores mais exigentes e assertivos.
E a partir do uso da ferramenta tecnológica, outro desafio será o de fazer gestão.
— Quem não mede, não gerencia. Fatos e dados, é aí que vamos buscar eficiência no agro — ponderou Guilherme Karam de Mattos, executivo de contas do Canal Rural.
Fabiane Kuhn, da Raks Tecnologia Agrícola, acrescentou gestão ao futuro do agro:
— Para a gente conseguir entender o que estamos fazendo e otimizar o uso das informações para produzir mais com menos.