Para toda a regra, há a exceção. E no cenário de perdas provocadas pela estiagem nesta safra de verão não é diferente. Na média, a produção de soja encolheu para 25 sacas por hectare, recuo de 52% sobre a estimativa inicial. Mas há um grupo de 20 municípios com mais de 50 sacas de média e 126 municípios com menos de 20 sacas por hectare (com 37 ficando com média de menos de 10 sacas por hectare):
— E, dentro desses municípios, dezenas, centenas, milhares de produtores com zero por cento. É o momento de fazemos uma reflexão e melhoramos cada vez mais a forma de conduzir a lavoura, ter aquele tripé da gestão, do profissionalismo e do planejamento, mas sem o fator água, teremos dificuldades todos os anos.
Sobre os locais que conseguiram ter um desempenho mais próximo do normal, o diretor-técnico da Emater explica que, de forma geral, se concentram no leste do Estado — salvo alguns casos pontuais.
— Na região na leste, a estiagem foi tênue, em um período do ciclo em que foi possível recuperar. A soja é mais elástica (em relação ao tempo que resiste com estresse hídrico), não é tão sensível quanto o milho — frisa Rugeri.
O diretor reforça, no entanto, que o produtor fez a sua parte, investindo nas lavouras de verão mas, "efetivamente, faltou chuva".
Oásis na estiagem
Veja a relação dos municípios gaúcho onde a média de produtividade é superior a 50 sacas:
- Arambaré
- Balneário Pinhal
- Barão do Triunfo
- Barra do Ribeiro
- Cambará do Sul
- Campestre da Serra
- Capão do Leão
- Cidreira
- Coqueiro Baixo
- Cotiporã
- Glorinha
- Guaíba
- Palmares do Sul
- Piratini
- Santa Vitória do Palmar
- Santo Antônio da Patrulha
- Sentinela do Sul
- Sertão
- Sertão Santana
- Tapes