Até que o modelo de cálculo seja atualizado, os preços de referência do leite no Rio Grande do Sul deixarão de ser divulgados publicamente, embora venham a ser estabelecidos. Essa é uma das definições tomadas ontem em reunião extraordinária do Conseleite, o conselho paritário que reúne indústrias e produtores do Estado. A discussão sobre a metodologia utilizada será feita na câmara técnica da entidade, com a participação de representes dos dois grupos. Não há um prazo definido para esse processo, mas como envolve a revisão de parâmetros, a avaliação é de que não deva ser algo rápido.
No período em que a fórmula estiver em discussão, entidades que representam os produtores (Farsul, Fetag-RS, Gadolando, Jersey e Fetraf-Sul) se manterão à parte da validação do preço de referência - não participarão das reuniões ordinárias.
- O objetivo é que sejam vistos os dois lados. Nossa avaliação é de que o produtor não tem poder de opinião no formato de hoje - pondera Cleonice Back, da Fetraf-Sul.
Para viabilizar a revisão na câmara técnica, também se optou por prorrogar o mandato da atual gestão, que tem a indústria na coordenação - há sempre uma alternância do comando entre as duas partes.
Outro ponto que está na pauta conjunta dos produtores é para que seja reduzido o prazo, atualmente de 45 dias, para que o produtor saiba quanto receberá pelo leite entregue. Também se busca avanço no estudo para que se estabeleça um contrato de fornecimento. E, por fim, a necessidade do setor de viabilizar a exportação, com o objetivo de ajustar a oferta excedente, ajudando, assim, a regular os preços.
De forma geral, a avaliação das entidades é de que a reunião significou um avanço em razão das definições acordadas.