Reunião extraordinária marcada para amanhã tenta conciliar as divergências em torno do preço de referência do leite no Estado. A metodologia de cálculo do Conseleite, conselho paritário do setor, tem sido alvo de questionamentos dos produtores. Quatro entidades que compõem o grupo – Fetag-RS, Gadolando, Jersey e Fetraf-Sul sinalizam que só continuarão a participar dos encontros se houver mudança nesse ponto.
Um dos fatores levantados é a defasagem dos custos do produtor levados em conta na elaboração do preço – com referência ainda de 2019. No balanço anual, a Fetag-RS apontou que, em 2021, os gastos com a atividade aumentaram 33%.
Em contrapartida, outra questão levantada é a da necessidade de que se saiba com antecedência o valor a ser recebido pela entrega do leite. Eugênio Zanetti, vice-presidente da Fetag, ponderou que não se pode “continuar entregando no início do mês e só saber quanto vai receber em 45 dias”.
– O modelo, do jeito que está, não serve para o produtor – reforçou Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag-RS.
Vice-coordenador do Conseleite e representante da Farsul, Rodrigo Rizzo diz que a expectativa é de que se consiga chegar a um entendimento sobre a metodologia do cálculo. Ele avalia que é preciso ter um referencial de preço.
O encontro será presencial na sede da Farsul. Além da entidade, Fetag, Fetraf-Sul, Gadolando Jersey, questionadas pela coluna, confirmaram que estarão presentes para debater o tema.