É “dentro da porteira” que o recém-criado Tecnoagro parque tecnológico do agro, quer centrar suas forças criativas. A proposta, explica o diretor-executivo Evandro Martins, é fazer com que a inovação a serviço da sustentabilidade possa chegar na propriedade rural. Em entrevista à coluna, ele conta as próximas etapas da iniciativa que reúne empresas, entidade e a Universidade de Passo Fundo. Confira trechos.
Depois da criação, quais as próximas etapas para que o Tecnoagro entre em operação?
Estamos no estágio de montagem da governança corporativa, dos norteadores estratégicos e alinhamento dos vetores. Operacionalmente, estaremos voltados para dentro da porteira. Nos alinhamos muito com a Embrapa, com os ativos tecnológicos de conhecimento. Estaremos dentro de um ambiente relevante, realmente nas propriedades rurais, vamos vivenciar as dores dos produtores. O cenário dentro da porteira está complexo.
A iniciativa reúne empresas, entidades e universidade. Qual o papel de cada um? E o que compete ao diretor-executivo?
Há um grupo de mantenedores e de colaboradores. Cada um terá suas competências. Serão projetos integrados e colaborativos. Nesse mapeamento (que está sendo feito), vamos ouvir muito, para saber o real interesse e a expectativa de cada um. No desenho de norteadores estratégicos, vamos gerar visão, missão. E aproximação com produtores, fazer com exista essa evolução, inovação e que ele realmente seja sustentável. Minha função é a parte da diretoria-executiva. Tratamos da governança corporativa, planejamento estratégico. Foram elegidos pelo menos 20 vetores impulsionadores.
Há um foco em inovação voltada a práticas sustentáveis. Que projetos deverão ser desenvolvidos pelo parque tecnológico?
Um dos projetos iniciais com a Embrapa é redesenhar o sistema de plantio direto do Brasil, privilegiando as práticas conservacionistas. É o marco inicial. Automaticamente, com esse redesenho, vamos tratar de programa integrado de conservação do solo. Queremos criar esse ecossistema para depois ver outras questões.
Tem previsão de quando iniciará a operação?
Em janeiro, faremos o mapeamento da governança corporativa e estratégica. A ideia é que na Expodireto-Cotrijal (marcada para 7 a 11 de março, em Não-Me-Toque) já dar início a algumas ações.