Apesar da redução do número de casos de abigeato no Rio Grande do Sul, ainda há espaço para ferramentas que ajudem na tarefa da fiscalização. A tecnologia é uma delas. Alguns municípios começaram a implementar uma política que digitaliza os registros de marcas que identificam propriedade do animal. Dentro dessa proposta, a empresa Be220 Digital, da Capital, lançou neste mês o abigeapp, plataforma que se propõe a incorporar esses dados.
Hoje, o controle é analógico: a identificação do animal suspeito de furto é feita a partir de uma comparação da marca no couro do animal com a registrada em livro na Secretaria Municipal da Agricultura. A tecnologia pretende facilitar essa busca.
A consulta é possível após a digitalização de todos os registros, para que o software tenha acesso a esses dados. A partir daí, autoridades de segurança locais podem consultar, tanto no smartphone quanto no computador, marcas e sinais de animais. Basta desenhar na tela do celular a marca encontrada no couro do animal e chegar até o nome e dados de contato do respectivo criador.
— O policial poderá fazer um contato direto do campo com o produtor, o que deve agilizar a resolução de problemas, otimizar recursos humanos e financeiros e, consequentemente, aumentar a rentabilidade dos criadores — projeta Diego Vilela, diretor executivo da Be220.
O município de Dom Pedrito, na Campanha, aderiu à tecnologia, negociada no modo de assinatura, e deve convocar nas próximas semanas os criadores para um recadastramento. Municípios como Quaraí, Candiota, Canguçu e São Borja também adotaram a política de digitalização dos registros. E são potenciais usuários do app.
Até novembro deste ano, a Secretaria Estadual de Segurança Pública havia registrado 4.799 casos de abigeato no Estado. Neste mesmo período no ano passado, eram 4.843 casos.
*Colaborou Carolina Pastl