Em uma arrancada que acompanha o pique da demanda, a indústria de máquinas e implementos agrícolas do Estado é um dos principais motores da aceleração para 9,01 mil empregos a mais criados pelo agronegócio entre janeiro e setembro, em relação a igual período do ano passado. Nos recortes dos dois anos, o saldo (diferença entre admissões e demissões) foi positivo (veja acima), com a vantagem ficando no acumulado de 2021.
As fábricas que produzem equipamentos geraram 3.614 postos de trabalho a mais. Esse número é resultado da diferença entre o saldo de 4.747 vagas entre janeiro e setembro deste ano e o de 1.133 no ano passado. E refletem uma demanda pelo produto que se mantém com força desde o segundo semestre de 2020. A procura em alta, por sua vez, veio na esteira de uma safra recorde no país, combinada com uma valorização acentuada das commodities. Cerca de 60% da produção nacional de máquinas e implementos está em unidades localizadas em território gaúcho.
– O Rio Grande do Sul se beneficiou desse processo de expansão das compras brasileiras – ressalta Rodrigo Feix, economista do Departamento de Economia e Estatística da Secretaria de Planejamento.
O segundo setor que mais contribuiu para as vagas “extras” geradas no acumulado deste ano foi o comércio atacadista (insumos e produtos agrícolas): foram 3.272 posições a mais em relação ao ano passado. E teve ainda o segmento da panificação. Impactado em 2020 pela pandemia, voltou a ter saldo e diferença positivos neste ano.