Porto Alegre dará inicio nesta quarta-feira (31) à tradicional feira do peixe, com pontos de venda no Largo Glênio Peres e nos bairros Restinga e Belém Novo. Mas a venda de pescados vai além da Capital. Caxias do Sul e Santa Rosa são as regiões com maior volume de vendas na Semana Santa, segundo a Emater. Neste ano o volume negociado deve ser de 2,44 mil toneladas, 19,54% a menos do que no ano passado. Por outro lado, o preço médio do quilo ficou 34,5% mais caro, chegando agora a R$ 18,94.
Segundo João Alfredo de Oliveira Sampaio, extensionista da Emater que fornece apoio técnico na área de piscicultura, o motivo para a redução é a pandemia. As restrições de funcionamento do comércio nos finais de semana, por exemplo, diminuíram as oportunidades de comercialização. O agravamento da situação e a bandeira preta levaram produtores a deixar as vendas para outro momento, até para evitar riscos pela exposição. O cenário também se reflete na organização das vendas: piscicultores estão usando telentrega e drive-thru.
A Emater estima, entre os principais canais, 139 locais de feira do peixe programadas para esta semana em área urbana. Em propriedades, a projeção é de 1,95 mil pontos e, nas casas de pescadores, 1.276. A quantidade de locais de venda diminuiu na comparação com anos anteriores, mas segue expressiva:
— Temos uma quantidade de pontos de comercialização muito grande, e o volume de pescado reduziu, isso nos diz que vai se evitar aglomeração. Vai permitir um acesso mais seguro ao nosso consumidor — pontua Sampaio.
As vendas do período de Páscoa respondem por 25% a 30% do total comercializado no ano. A projeção é de que o valor alcançado na Semana Santa seja de R$ 46,2 milhões.
A prevenção à covid-19 durante as vendas
Aos pescadores que irão negociar os produtos em suas casas ou propriedades, a Emater pede que atentem aos cuidados:
- Procure cumprir todas as recomendações das autoridades para comercialização de pescado no município
- Veja com sua família e colaboradores quais os procedimentos a serem adotados para evitar a contaminação e a propagação do coronavírus
- Se for necessária a ajuda de alguém de fora da família, envolva o menor número de pessoas possível
- Se alguém apresentar qualquer sintoma relacionado à covid-19, deve se afastar imediatamente do trabalho
- Mesmo que o cliente tenha uma relação de amizade com a família, este não é o momento adequado para receber visitas em casa
- Evite ao máximo a circulação de pessoas no interior da casa ou na propriedade. Use cordas ou arames para cercar as áreas de circulação dos clientes
- Procure realizar a comercialização em locais abertos e bem ventilados
- Mantenha o distanciamento físico, não abrace, não beije nem aperte a mão dos consumidores
- Realize o atendimento de cada cliente no menor tempo possível
- Atenda os consumidores individualmente. Evite que se formem grupos de pessoas
- Se houver fila, oriente os consumidores a manterem o distanciamento de, no mínimo, dois metros
- Não permita que a clientela manuseie o peixe ou se aproxime dos produtos. O cliente deve fazer as escolhas à distância
- Use máscara durante todo o período de atendimento
- Após o atendimento de cada cliente, lave mãos e punhos com água e sabão ou higienize com álcool em gel
- Se o pagamento for em cartão, peça para o próprio cliente inserir o cartão na máquina. Após cada operação, desinfete a máquina passando um papel com álcool em gel
*Colaborou Isadora Garcia