Um dos mais tradicionais eventos de Porto Alegre, a 241ª edição da Feira do Peixe, prevista inicialmente para começar nesta terça-feira (30), irá ocorrer a partir de quarta-feira (31) a 2 de abril, em três pontos da Capital. A mudança no calendário se deve à impossibilidade de realizar a montagem das bancas a tempo, segundo a prefeitura.
Em razão da pandemia de coronavírus, também haverá novas regras para o funcionamento da feira, especialmente, em frente ao Mercado Público. Menos bancas, mais distanciamento e o fim dos petiscos prontos vendidos no local são algumas das alterações previstas para evitar aglomerações.
— A gente também está fazendo um esforço para comunicar que as pessoas venham sozinhas. Esse ano, não é um passeio. É exclusivamente para fazer a compra do pescado —disse o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rodrigo Lorenzoni.
No lugar onde costumam haver mais de 50 bancas, serão apenas 13 expositores, distanciados com pelo menos quatro metros entre si. A prefeitura também estuda formas de manter a distância entre os clientes, por meio de cercamento e demarcações no piso.
Além disso, petiscos que em anos anteriores eram vendidos no local, como bolinhos de bacalhau e espetinhos de peixe, não serão comercializados prontos. Haverá, no entanto, opções congeladas para levar para casa.
Segundo o poder público, a opção por realizar o evento em um momento crítico da pandemia em Porto Alegre e com diversas medidas de restrição em vigor foi tomada por dois motivos. Além de permitir que quase 250 famílias envolvidas com a comercialização de peixes na Capital possam aproveitar o período para incrementar a renda, a avaliação é de que a supressão do evento no ano passado foi gatilho de aglomerações na área interna do Mercado Público — na ocasião, a prefeitura liberou duas bancas externamente em caráter excepcional para tentar diluir a concentração de pessoas.
Além dos petiscos congelados e de peixes diversos, haverá opções de frutos do mar, como lula e camarão. Sob o formato adaptado, a expectativa de venda dos pescadores também é muito mais modesta do que em edições anteriores — somente em 2019, foram comercializadas 376,4 toneladas de produtos.
— A expectativa é sempre de boas vendas, mas a gente sabe que o pessoal está em casa. Se a gente chegar a 20 toneladas, está ótimo — projetou o presidente da Associação dos Pescadores do Extremo-Sul, Roberto Superti.
Ele destaca, ainda, que todos os produtos disponíveis em anos anteriores poderão ser encontrados nas bancas. Campeã de vendas do evento, a tainha poderá ser adquirida a partir de R$ 18 o quilo.
Também haverá pontos de venda na Restinga e em Belém Novo, com menos bancas. Para 2022, a prefeitura estuda, ainda, a possibilidade de ampliar o evento para a Zona Norte. Todos os pontos funcionarão até dia 2, das 8h às 20h.
Veja os locais
Centro
Largo Glênio Peres
Restinga
Esplanada da Restinga
Extremo-Sul
Rua Dr. Cecílio Monza, 10901, Belém Novo