O jornalista Fernando Soares colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Ainda que a colheita esteja distante, empresas de Vacaria já começaram a se articular para contratar os safristas que retirarão as maçãs dos pomares a partir de janeiro. Maior produtor da fruta no Rio Grande do Sul, o município localizado nos Campos de Cima da Serra deve receber cerca de 10 mil trabalhadores temporários em 2021, segundo a Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi).
Mesmo com pandemia de coronavírus, a mão de obra nos pomares deverá seguir no mesmo patamar de anos anteriores. Uma das principais produtoras da fruta no país, com cerca de 1 mil hectares, a Rasip pretende trazer ao menos 2 mil profissionais.
A maioria virá de fora do Rio Grande do Sul, de locais como o Mato Grosso do Sul e o Nordeste. Recrutadores já estão percorrendo o país para encaminhar as contratações e a empresa está alinhando internamente os protocolos sanitários a serem adotados.
- Se estivermos na bandeira laranja teremos que diminuir em 25% a lotação dos alojamentos, mas mesmo assim conseguiremos absorver todo mundo. Além disso, se for necessário, podemos usar produtos (químicos) para estender um pouco a colheita - aponta Celso Zancan, diretor de fruticultura da Rasip.
Atualmente, os pomares estão florescendo e passam pelo raleio, etapa que como objetivo aumentar a disponibilidade de espaço, água, luz e nutrientes por planta.
O presidente da Agapomi, José Sozo, lembra que boa parte do processo é realizado com produtos químicos. Mesmo assim, cerca de 2 mil vagas temporárias foram criadas neste momento, a maioria preenchida por pessoas da região.