O jornalista Fernando Soares colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Em meio à pandemia de coronavírus, a fabricante de máquinas e implementos agrícolas Stara fechou o primeiro semestre de 2020 com lucro líquido de R$ 52,2 milhões. O resultado representa crescimento de 14,6% frente ao ganho de R$ 45,5 milhões apurado nos seis primeiros meses de 2019. A empresa sediada em Não-Me-Toque, no norte do Estado, teve receita líquida de R$ 490,4 milhões, expansão de 9,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em março, a fábrica chegou a parar a produção e concedeu férias coletivas por 15 dias aos trabalhadores de suas unidades. Ainda assim, o desempenho positivo nas vendas da primeira metade do ano fez com que a Stara alterasse as projeções para o restante de 2020. No relatório da administração que acompanha as demonstrações financeiras divulgadas ao mercado, a companhia ressalta que espera um segundo semestre melhor.
A expectativa é de incremento de 3% nas vendas de máquinas neste ano, com foco na linha de pulverização. Em janeiro, a estimativa era de avanço de 0,5% na comercialização na comparação com 2019. O fato de o agronegócio ter sido pouco afetado pela crise do coronavírus, os preços valorizados das commodities e a divulgação do Plano Safra são fatores que sustentam a meta mais otimista.
Na contramão do movimento verificado em diversos segmentos da indústria desde o início da pandemia, de fechamento de postos de trabalho, a Stara terminou o primeiro semestre com reforço nas linhas de produção. Em junho, a companhia tinha 2,7 mil funcionários, 208 a mais que na mesma época do ano anterior.