O Rio Grande do Sul recebeu na noite de terça-feira (11) o reconhecimento do Ministério da Agricultura como zona livre de aftosa sem vacinação. O aval consta em instrução normativa assinada pela titular da pasta, Tereza Cristina, e será publicado nesta quarta (12) no Diário Oficial da União. Conquista também estendida ao Paraná, Acre, Rondônia e regiões dos Estados do Amazonas e de Mato Grosso.
As determinações do documento entram em vigor a partir de 1º de setembro. Além disso, a conquista dentro de casa habilita os gaúchos a fazerem a solicitação da progressão de status sanitário para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
A previsão é de que o pedido seja feito até a sexta-feira. O secretário de Agricultura comemorou a conquista:
– Vai gerar imenso impacto na economia gaúcha. Com a retirada da vacina, o Estado poderá alcançar 70% dos mercados mundiais disponíveis.
Só nos embarques de suínos estima-se que a mudança de status represente acréscimo de receita de R$ 600 milhões ao ano. Vale lembrar, no entanto, que o acesso a novos mercados ainda depende da certificação da OIE, que é emitida na assembleia geral realizada no mês de maio. Ou seja, em 2021.
Até lá, o Estado ainda tem ações a serem desenvolvidas. E a necessidade de vigilância passa a ser permanente, sob pena de não se chegar à linha de chegada. Dois processos em andamento são questões consideradas importantes.
A contratação de 150 agentes para a área administrativa da Secretaria da Agricultura está na fase de classificação e recurso das 28 empresas que apresentaram propostas. A compra de 72 veículos para a frota da defesa está à espera da entrega, que tem de ser feita até o final do próximo mês.
Nesta terça à tarde , entidades formalizaram apoio após votação com associados. Na Farsul, o placar foi de 44 votos a favor e 35 contrários. O presidente da entidade, Gedeão Pereira, diz que o aval “traz responsabilidade de cobrança de questões ainda em aberto”:
– Por exemplo: como vamos construir o fundo de indenização e como serão feitas as avaliações. Tem de estar bem resolvido até o fim do ano.
Na Febrac, foram 15 votos favoráveis e quatro contra.
– Os votos contrários sinalizam a necessidade de permanente vigilância. Temos de estar unidos e focados – diz o presidente da entidade, Leonardo Lamachia.