O jornalista Fernando Soares colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
O Rio Grande do Sul terminou 2019 com 43 cachaçarias registradas junto ao Ministério da Agricultura, mantendo a posição de quinto maior fabricante da bebida no país. No entanto, de acordo com a última edição do Anuário da Cachaça, divulgado pela pasta nesta semana, o Estado perdeu seis empresas em um ano. Em 2018, o mercado gaúcho contava com 49 negócios formalizados no setor.
O secretário-executivo da Associação dos Produtores de Cana-de-açúcar e Derivados do Estado (Aprodecana), Paulo Ramos, explica que a mudança na gestão dos registros do ministério é um dos fatores que pode ter levado à diminuição. Ainda assim, o dirigente constata que o número de alambiques formalizados ainda é pequeno.
-O universo de alambiques no Estado é muito grande. Temos cerca de 3 mil alambiques produzindo cachaça. Existem também empreendimentos que estão em andamento e deverão ser registrados em breve.
Atualmente, o Rio Grande do Sul fica atrás de Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais em número de estabelecimentos ativos. Os mineiros dominam a produção nacional, com 375 cachaçarias. Ao todo, o Brasil tem 894 companhias registradas no ministério, retração de 22,3% frente a 2018.
Apesar do número menor de empresas registradas, a quantidade de marcas aumentou 9,7% no período. Foram identificados 4 mil rótulos do produto. Neste sentido, a cidade gaúcha de Ivoti é a terceira com mais marcas desenvolvidas no país. O município localizado na Região Metropolitana possui 99 registros, perdendo apenas para as mineiras Salinas (125) e Itaverava (114).
O documento do ministério também mapeou a produção de aguardente no país. O número de estabelecimentos produtores caiu 41,6% em 2019, chegando a 357. No Rio Grande do Sul, quarto maior produtor do item no Brasil, a quantidade de fabricantes caiu de 42 para 30.