A retomada das atividades no frigorífico da JBS em Passo Fundo, no norte do Estado, veio com alterações nos ambientes de trabalho. No setor de desossa (foto acima), as divisórias laterais que separam os postos de trabalho foram substituídas por material de acrílico.
A planta voltou a operar nesta semana, depois de recurso encaminhado ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).
O fechamento, no dia 24 do mês passado, foi determinado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT4), a partir de solicitação do Ministério Publico do Trabalho (MPT-RS).
A empresa realizou triagem na quarta-feira, para determinar quem estava apto ao trabalho.
A unidade tem no total 2.650 funcionários. A JBS ainda não informou quantos desse contingente estão na ativa.
A procuradora Priscila Schvarcz, coordenadora estadual do projeto de fiscalização de frigoríficos do MPT, explica que os anteparos físicos entre trabalhadores estão entre as exigências e constam em vários termos de ajustamento de conduta (TAC) firmados com empresas do setor. A JBS, no entanto, não fez acordo.
– São medidas concomitantes. Além do distanciamento, o fornecimento de máscaras adequadas, que sigam, no mínimo, padrões do Inmetro e teste de eficiência de filtragem, de face shield e anteparos físicos de material impermeável entre os postos – explica a procuradora.
A unidade da BRF e o Frigorífico Minuano (fornecedora da BRF), em Lajeado, no Vale do Taquari, retomaram parcialmente as atividades depois de fecharem acordo com a Justiça. Em razão da paralisação, será realizado abate sanitário de 100 mil aves, previsto para ocorrer hoje.
O procedimento terá controle do Ministério da Agricultura, por meio do Serviço de Inspeção Federal (SIF).