O governo do Estado terá de investir, inicialmente, pelo menos R$ 10,6 milhões para que possa atender a recomendações feitas pelo Ministério da Agricultura para a retirada da vacina contra a febre aftosa. Essa cifra refere-se ao gasto anual com os 150 terceirizados que precisam ser contratados para reforçar o quadro e a 72 dos cem veículos destinados à frota do Departamento de Defesa da Secretaria da Agricultura.
As duas medidas são consideradas as importantes entre os 18 apontamentos feitos na auditoria do ministério. E a execução — ou não — é tida por entidades do setor como crucial para garantir que há segurança para deixar de imunizar bovinos e bubalinos.
O investimento foi mapeado pela pasta e precisa receber aval da Junta de Coordenação Orçamentária e Financeira do Estado. Foram orçados R$ 5 milhões para aquisição de 72 veículos. E R$ 5,6 milhões por ano para pagamento dos terceirizados. O ministério deve liberar outros R$ 3,5 milhões, que serão para compra de outros 28 veículos e oito drones.
Todos os ajustes solicitados precisam ser feitos até agosto. Neste momento, a decisão da Secretaria da Agricultura é de encaminhar em maio o pedido para retirada da vacina.
Antes disso, antecipa para março a primeira etapa da campanha de imunização. E, depois disso, em agosto, fica na dependência do aval final para a evolução do status sanitário. Pelo menos esse é o acordo fechado, por ora, com entidades representativas do agronegócio. O apoio do produtor é considerado pré-requisito para a mudança pelo secretário Covatti Filho.
No caminho para a evolução, a pasta vem contando ao longo dos últimos anos com a parceria do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). De gestão privada, administra recursos de contribuição feita por produtores e agroindústrias. Arrecadou R$ 16,36 milhões e desembolsou R$ 9,15 milhões (grande parte para indenizações) em 2019. Mas ao longo dos anos investiu, ainda, em estrutura, treinamento e manutenção de credenciamentos importantes.