A jornalista Karen Viscardi é colaboradora da colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A notícia de que a Venezuela recebeu pelo menos 12 mil toneladas de carne de uma região infectada na Rússia com peste suína africana colocou o setor de carnes em alerta no Brasil. A informação foi publicada pela imprensa argentina e confirmada pelos venezuelanos.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, solicitou nesta segunda-feira (23) pela manhã à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o reforço das medidas que impeçam a entrada de alimentos de origem animal no Brasil.
— Como é fronteira seca, pedimos alerta máximo à ministra que, mesmo em férias, deu ordem para redobrar a vigilância — afirmou Turra.
De acordo com o dirigente, a titular da Agricultura mobilizou a fiscalização para não permitir a entrada de produtos de carne, além de alertar a população fronteiriça em todos os postos de controle.
O que é a peste
A doença é transmitida por meio de vírus, por isso o alerta para que os plantéis não tenham contato com alimentos contaminados ou com pessoas que tenham viajado recentemente para países onde há focos da doença.
A peste suína africana foi erradicada no Brasil em 1984, deixando o país livre da doença. Desde que os primeiros focos do vírus foram detectados na China, ainda no começo de agosto, o sinal de alerta foi aceso. Recentemente, a confirmação de casos também na Rússia, no Leste Europeu, no Japão e na África reacendeu a preocupação.
A enfermidade é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana, não sendo transmitida ao homem, mas é altamente infecciosa para o rebanho suíno — exigindo o sacrifício dos animais por determinação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). É mais perigosa e fatal do que a peste suína clássica.
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