Apaixonadas pela raça de cavalos crioulos, pessoas com deficiência deixarão de vivenciar as experiências das arquibancadas para sentirem as emoções das pistas. Neste sábado (28), 12 ginetes irão apresentar suas habilidades durante a primeira final da competição Inclusão de Ouro, na pista da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), no parque Assis Brasil, em Esteio.
A modalidade, dividida em quatro classificatórias, foi criada no ano passado por Josilene da Silva Martins. Hoje coordenadora da subcomissão da Inclusão de Ouro e competidora, conta que a ideia veio de experiência pessoal. Com luxação bilateral de quadril congênita, acompanhava as competições da raça ao lado do marido — participante do Freio do Proprietário —, e teve a iniciativa de criar a prova. Para montar, ela conta com auxílio de apoio lateral e cinturão de couro, fixado na cela. Isso a mantém segura e previne dores.
— É muito importante me sentir incluída em um ambiente que sempre vivi nos bastidore — afirma Josilene, que tem propriedade com o marido, Cristiano Rodrigues, em Arroio Grande.
Na prova final, os concorrentes serão divididos em duas categorias: força A e força B.
A primeira reúne ginetes que conquistaram até o segundo lugar nas classificatórias.
A segunda, os demais colocados. A divisão foi feita para garantir maior igualdade entre os participantes.
Diferentemente do Freio de Ouro, a prova é composta somente por andadura (uma volta a tranco, uma a trote, uma a galope e faz a troca e volta a galope) e escaramuça livre (para mostrar o domínio na condução do animal).
Colaborou Leticia Szczesny