Depois da confirmação do fim do regime de substituição tributária para o vinho no Rio Grande do Sul — na última sexta-feira (14), na Fenavinho, em Bento Gonçalves — a indústria gaúcha busca agora replicar a conquista em outro destino. No próximo dia 25, reunião está marcada com o governo de São Paulo, importante mercado consumidor.
— Se conseguirmos retirar também lá, entendemos que haverá um efeito cascata — afirma Oscar Ló, presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
O regime de substituição tributária chegará ao fim no Estado a partir de 1º de setembro. Era um pedido antigo das indústrias. O argumento é de que o sistema atual tira a competitividade — o imposto da venda final ao consumidor é recolhido no momento da comercialização ao varejo, com base em um valor estimado.
— A vinícola tinha de tirar o valor de uma venda que ia ser feita lá na frente. Precisava antecipar esse gasto, o que tinha custo financeiro, que deixará de existir — explica Evandro Lovatel, diretor da Vinícola Lovatel, de Caxias do Sul.
E para o consumidor, essa mudança deixará o vinho gaúcho mais barato?
— Em alguns casos, sim. Porque as vinícolas que tinham problemas de fluxo de caixa precisavam buscar esse dinheiro em instituições, a um custo. Mas vale lembrar que essa não é uma redução de imposto e, sim, na fórmula da cobrança — pondera Ló.