Dos muitos temas que apareceram nos discursos da cerimônia de abertura da 19ª Expoagro Afubra, nesta terça-feira (26), em Rio Pardo, no Vale do Rio Pardo, dois seguirão sendo discutidos. Um é o Plano Safra da agricultura familiar, que deve ser lançado até maio.
O assunto vem sendo discutido no Ministério da Agricultura. A proposta da Secretaria da Agricultura Familiar e Cooperativismo é para que o volume de recursos disponibilizado para os financiamentos do Pronaf seja ampliado de R$ 30 bilhões para R$ 35 bilhões. Em tempos de orçamento em contingência, a missão mais difícil para concretizar esse aumento de 16% certamente será a de convencer o Ministério da Economia a avalizar essa liberação.
Outro ponto discutido é o da criação de linhas voltadas para habitação rural, aquisição e regularização de terra, reivindicações feitas por entidades ligadas aos pequenos produtores.
– Temos o mês de abril para fazer as negociações com o Ministério da Economia e depois passar pelo Conselho Monetário Nacional – diz Fernando Schwanke, secretário da Agricultura Familiar do ministério.
As negociações vêm sendo conduzidas pelo secretário de Política Agrícola, Eduardo Sampaio, para quem foram apresentadas as sugestões das linhas novas dentro do Pronaf, na semana passada.
Outro assunto com impacto direto na vida do produtor é a reforma da Previdência. No texto apresentado pelo Planalto a da idade mínima para a aposentadoria rural foi modificada para as mulheres, que passariam a ter direito ao benefício a partir dos 60 anos, mesma idade dos homens. Para os trabalhadores urbanos, foi mantida diferença entre os gêneros.
– Não abro mão da aposentadoria das mulheres aos 55 anos – afirmou o deputado Heitor Schuch (PSB), reiterando a crítica a esse item do projeto apresentado pelo Planalto.