Em algumas regiões do Rio Grande do Sul onde o milho foi plantado no cedo, a colheita já começa a despontar no horizonte. Dados da Emater divulgados ontem indicam que 1% da área plantada foi colhida.
Como mais da metade das lavouras está em fase de enchimento de grãos ou maduras e por colher, o ritmo deve se intensificar a partir da primeira quinzena de janeiro do próximo ano. A chuva registrada no Estado ajudou a aliviar os sintomas de estresse hídrico que já vinham sendo registrados em algumas áreas de produção do grão.
— Alguns locais tiveram problemas mais pontuais, com a falta de precipitações na primeira quinzena do mês, mas no geral o andamento da safra está dentro da normalidade — observa Alencar Rugeri, assistente técnico estadual da Emater.
Em Mormaço, propriedade que é unidade de referência de técnicas de solos comprovou na prática que o manejo adequado consegue deixar a produção mais protegida de períodos curtos de falta de chuva. A descompactação do solo em parte da área de 60 hectares permitiu que as plantas enfrentassem o período sem sofrerem efeitos da falta de água.
— Com a descompactação, as raízes se aprofundaram e buscaram água em profundidade — explica Josemar Parise, assistente na área de produção vegetal da regional de Soledade da Emater.
Rugeri acrescenta que, no momento da colheita, o produtor precisa ficar atento:
— Deve colher com umidade adequada, fazer a secagem. Milho de qualidade vira ração de qualidade, que vira proteína animal de qualidade, que vira comida de qualidade, que vira dinheiro.