A desvalorização do milho ao longo deste ano determinou a menor área cultivada da história do Rio Grande do Sul, segundo dados da Emater, de 730 mil hectares. Boa parte desse recuo se deu em áreas de sequeiro (sem irrigação). Nas lavouras onde o sistema é utilizado, as projeções para a safra estão bastante otimistas.
– Quem tem irrigação, está apostando no milho, porque o sistema é garantia de colheita. Consegue alta produtividade. Ainda que o custo seja um pouco mais alto, garante a produção – observa João Augusto Telles, presidente da Comissão de Irrigantes da Federação da Agricultura do Estado (Farsul).
Ele estima que metade dos 220 mil hectares de culturas de verão irrigados sejam com lavouras de milho. Parcela ainda muito pequena.
A aposta, no entanto, faz a diferença nos resultados. A produtividade, segundo Telles, costuma crescer aproximadamente 20% nas plantações que contam com os equipamentos.
– A grande maioria dos produtores ainda cultiva no sequeiro, sem irrigação. Mas quem investiu no milho, na época adequada, está tendo uma safra muito bem encaminhada até o presente momento.
Na Região Noroeste, que planta antes, as lavouras estão em condições muito boas – avalia Alencar Rugeri, assistente técnico estadual da Emater.