Oito meses depois da extinção oficial da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), o Piratini ainda trabalha na reorganização da estrutura do órgão. Dos 22 centros de pesquisa, há 15 ativos, que aguardam definição sobre o seu futuro. Na sexta-feira, o governo firmou acordo de cooperação que formará parceria com a iniciativa privada para a unidade Celeste Gobbato, localizada no município de Caxias do Sul.
Um total de R$ 6,5 milhões será aplicado ao longo de cinco anos, para a implementação do Projeto Integrado de Pesquisa Agrícola e Capacitação de Agricultores, Técnicos e Extensionistas Rurais na serra gaúcha. Os recursos virão do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) – R$ 3 milhões – e das contrapartidas de Secretaria da Agricultura, Emater e Universidade de Caxias do Sul.
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– Em momentos de crise, nada mais adequado do que entidades juntarem forças e recursos – afirmou Lino Moura, diretor técnico da Emater.
Serão cerca de 50 técnicos atuando em iniciativas voltadas ao desenvolvimento agropecuário das atividades locais. A previsão é de que 2,5 mil pessoas sejam beneficiadas com as ações.
– O foco é potencializar o centro de pesquisa, simular a realidade que o produtor tem na propriedade – explica André Strassburger, chefe do centro de Caxias.
O Senar-RS, aliás, tem interesse em outros cinco centros de pesquisa do agora Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA).
– Somos um serviço difusor de tecnologia, temos de levá-la às propriedades rurais. Aí é que nos associamos à pesquisa – diz Gilmar Tietböhl, superintendente do Senar-RS.