A Imperatriz Leopoldinense antecipou os comentários sobre o carnaval do Rio neste ano. A escola gerou uma polêmica que parece não ter fim junto ao agronegócio. O setor se ressentiu da forma como o produtor foi apresentado no enredo Xingu, o Clamor que Vem da Floresta. Dois pontos têm despertado a ira do segmento: um trecho da música, que fala sobre o monstro que rouba terras, devora matas e seca os rios, e a ala 15, batizada de Os Fazendeiros e seus Agrotóxicos.
Nesta quinta-feira, cresceu a lista de entidades com notas de repúdio ao samba. O Conselho Nacional de Secretários de Estado da Agricultura (Conseagri) emitiu documento no qual afirma que a escola "desferiu ataque inaceitável contra os produtores rurais brasileiros, generalizando de forma inexplicável a prática do uso indiscriminado de defensivos agrícolas". A entidade, que representa os titulares da pasta dos Estados brasileiros – incluindo o do Rio Grande do Sul –, diz esperar retratação. A Associação Brasileira de Angus, a de Proteína Animal e os organizadores da Agrishow engrossaram o coro das reclamações.