A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) marcou novo leilão de milho para o dia 23. As 150 mil toneladas ofertadas são de estoques de Mato Grosso e Goiás. A definição dos preços sai dois dias antes do pregão. No último, apenas 50,95% do volume colocado à disposição foi negociado.
O consultor Carlos Cogo entende que uma das razões para isso foi o reajuste dos valores de partida, colocando o produto a níveis "praticamente iguais aos de mercado", onde acumula valorização expressiva.
- Cento e cinquenta mil toneladas no mercado de milho são uma gota no oceano para um país que pode fechar o ano com consumo de 58 milhões de toneladas - observa Cogo.
Por ora, o alento para quem tem no grão insumo importante (como indústrias de aves e suínos) é que o preço no mercado interno parou de subir.
- Mas não diria que é meramente efeito dos leilões. A soja começou a ganhar a preferência. É provável que a exportação de milho do Brasil caia pela metade em fevereiro e um terço em relação à dezembro. Isso, sim, dá um alívio no mercado - avalia Cogo.
O refresco maior poderá vir mais adiante com a colheita da segunda safra, a safrinha.