A esperada resposta da parceria para manter o frigorífico de aves da Cosulati funcionando ainda não veio. Mas a confiança de que o negócio possa dar certo é tanta que a cooperativa cogita que não seja mais necessário dar férias coletivas aos 180 trabalhadores da unidade localizada em Morro Redondo, na zona sul do Estado. A hipótese era considerada e tinha o aval do Sindicato dos Trabalhadores na Alimentação, com a condição de que se mantivessem os empregos.
Representante da empresa interessada no negócio - o nome vem sendo mantido em sigilo - esteve nesta quinta-feira em Morro Redondo, conheceu a planta e conversou com alguns dos 71 produtores integrados que fornecem animais à cooperativa. Vai preparar um dossiê, que será apresentado à diretoria. A definição é esperada, agora, para a próxima segunda-feira.
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- Não iremos dar férias porque, provavelmente, reiniciaremos o abate na semana que vem - diz Raul Amaral, secretário-executivo da cooperativa.
Isso seria possível com o envio de matéria-prima por parte da potencial parceira. Desde quinta-feira, a atividade no frigorífico está parada. Os funcionários estão com folgas, que deverão ser posteriormente compensadas.
- Já é um grande avanço - reconhece Darci Rocha, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Pelotas e diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação e Afins, em relação à situação atual, na comparação com a perspectiva inicial de fechamento do frigorífico e demissão dos funcionários.
Para consolidar a parceria estudada, ganhou ainda mais importância a retomada do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que permite a exportação da produção. Com a inspeção estadual, os itens industrializados na planta só podem ser negociados no Rio Grande do Sul. Seria um desperdício, dada a posição mais que estratégica da Cosulati, próxima do porto de Rio Grande.