Depois de propor a extinção da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), o governo fecha 2015 com outras alternativas na manga. Embora demonstre não ter desistido da ideia ao propor, no pacote entregue à Assembleia, o fim da exigência de plebiscito para encerrar as atividades da companhia.
Por ora, o Estado quer se desfazer de unidades e abrir espaço para as parcerias público-privadas (PPPs). Nesta semana, foi aprovada a autorização para a venda de três unidades: Santa Rosa, Júlio de Castilhos e Nova Prata - o valor somado é de R$ 21 milhões.
- Metade das unidades da Cesa hoje tem limitação operacional, está em áreas dentro das cidades - diz Ernani Polo, secretário da Agricultura.
Gisele Loeblein: Cesa entre a cruz e a espada
A estatal está vinculada à pasta. Nas demais unidades da Cesa, a ideia é adotar o modelo das PPPs.
O principal desafio será encontrar interessados. Cooperativas já teriam sinalizado interesse nas parcerias. Quando o assunto é a venda, a coisa fica um pouco mais complicada. A planta de Passo Fundo, por exemplo, foi colocada no mercado três vezes na gestão anterior. Em nenhuma recebeu oferta.
A Cesa tem no passivo trabalhista acumulado ao longo dos anos um dos principais obstáculos à recuperação efetiva das contas, que seguem no vermelho, apesar dos esforços para dar à estatal uma sobrevida - o prejuízo em 2014 foi de R$ 25,32 milhões.
A Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), também deverá ter enxugamento da estrutura atual, que conta com 22 unidades.