Aqui em Tóquio, o governador Eduardo Leite teve a oportunidade de apresentar ao Ministério da Economia do Japão seu interesse em produzir hidrogênio verde, o que o país asiático quer comprar, pois considera estratégico na sua transição energética. Diretamente ligados a essa atividade econômica, estão os parques eólicos, que geram a energia renovável para a produção do hidrogênio. Leite citou que há 34 projetos com licença ambiental liberada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para instalação dos aerogeradores em terra. Enquanto isso, no aguardo da legislação que autorizará os equipamentos em água, há 24 pedidos de licença no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para geração offshore.
— Queremos colocar o Estado no olhar do governo japonês para a América Latina, no sentido de investir em hidrogênio verde — ressaltou o governador na reunião com a equipe do ministério.
— Quero expressar nosso respeito pela visão do governador, clara e ampla, sobre a estratégia de hidrogênio verde. Temos uma política recente de baixo carbono. O hidrogênio verde é caro e o governo vai subsidiar essa diferença de preços para alguns projetos por 15 anos, prorrogáveis por mais 10 — disse o diretor-geral de política energética e ambiental do ministério, Shinichi Kihara.
Neste sentido, espera-se que o governo japonês apoie financeiramente um "master plan", ou seja, um estudo para desenvolver esta cadeia produtiva no Rio Grande do Sul, com uso do porto de Rio Grande para exportação. O pedido foi submetido pela consultoria ERM Japan, parceira do governo do Estado. Os representantes do Ministério da Economia disseram que a solicitação está em análise.
À coluna, afirmaram que a decisão sairá ainda em 2024. Chefe da Casa Civil do Rio Grande do Sul, Artur Lemos acredita que possa se ter uma definição em breve. Isso reforçaria a confiança dos investidores do país asiático para fazerem projetos no Estado.
Biodiesel e SAF também
O biocombustível que também chama atenção do Japão é o biodiesel, enfatizou . Além disso, Kihara também citou o SAF, querosene renovável de aviação que o Japão faz de etanol.
— Sabemos que o Rio Grande do Sul é forte em biodiesel. O Japão é forte em tecnologia, especialmente de aviação. Temos que juntar estas forças — enfatizou.
A coluna faz a cobertura da missão gaúcha à Ásia para Rádio Gaúcha, Zero Hora e RBS TV. Acompanhe aqui o que é publicado em GZH.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br) Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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