Ainda antes da polêmica da semana passada sobre o pedido da Urbia para fechar os parques dos cânions por prejuízo financeiro, o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, falou ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, que discordava do formato da concessão, realizada no governo federal anterior. Além da solicitação emergencial para suspender o funcionamento das estruturas, a concessionária provocou um processo que pede reequilíbrio financeiro do contrato.
- Como defendemos a legalidade, chamamos a empresa e autoridades locais. Estamos extremamente sensíveis. É importante manter os parques nacionais abertos, o que o contrato estabeleceu e beneficiar a comunidade.
A Urbia rebate a crítica de que o preço do ingresso é alto e diz estar abaixo do que o contrato permite, mas o valor está, sim, espantando turistas antigos, que movimentavam a economia da cidade e acessavam gratuitamente os cânions antes da concessão, enquanto ainda não se atraiu os novos que a empresa previa, com maior poder aquisitivo. Recentemente, o tíquete foi reajustado para R$ 102.
- Como o ingresso está estabelecido pelo contrato, precisamos encontrar uma alternativa. Posso garantir nosso total empenho para que o ingresso tenha um preço mais competitivo e acessível para a população. Creio que vamos encontrar essa solução da melhor maneira possível - disse Pires.
O presidente do ICMBio espera que o reequilíbrio de contrato permita redução no preço do ingresso:
- Seja alterando o valor que é repassado para o governo federal ou seja reduzindo uma obrigação que a empresa teria na realização daquele serviço. Tudo é objeto de muita discussão, não é simples - complementou.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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