Dos comerciantes atingidos pela inundação de Porto Alegre, um terço praticamente ainda não conseguia acessar a sua loja na última semana. O levantamento do Núcleo de Pesquisas do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA) apontou que 35% dos comerciantes sofreu com os alagamentos.
A reconstrução não contará com seguro na maior parte dos casos. Dos ouvidos, 77% não tinham. Mais da metade, 55%, terá que recorrer a auxílio do governo federal. Empréstimos pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e prorrogação de tributos são os principais.
Em relação aos empregos, 65% terão que tomar alguma medida. As mais citadas se referem à impossibilidade de operar agora: antecipação de férias, formar banco com as horas não trabalhadas e, para 39,7% deles, será preciso demitir funcionários. Com a possibilidade de suspensão de contratos, essa necessidade de fechamento de empregos cai para 64% deles.
O comércio de Porto Alegre fechou um acordo coletivo, mas também aguarda medidas do governo federal que flexibilizem regras trabalhistas com pagamento da remuneração dos trabalhadores. Essa tem sido uma das reinvindicações do presidente do Sindilojas POA, Arcione Piva, que também está muito preocupado com o baixo número de negócios com seguro e a grande necessidade de crédito.
Se precisar demitir, qual será a redução do quadro de funcionários?
Até 10%: 44% dos entrevistados
De 10% a 30%: 20%
Acima de 50%: 20%
De 30% a 50%: 16%
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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