A rede de supermercados mais atingida pela enchente na região metropolitana de Porto Alegre foi a Unisuper. Das suas 22 unidades, oito ficaram alagadas, sendo seis em Canoas. Além disso, duas na zona norte de Porto Alegre foram saqueadas. A empresa também teve perdas grandes no centro de distribuição, que fica no bairro Navegantes, na Capital. Doze caminhões com mercadorias ficaram submersos, o que dificulta o abastecimento das lojas abertas.
A situação fez a rede procurar o Sindicato dos Empregados no Comércio de Canoas (Sindec), quando informou que teria que demitir 400 dos 1,2 mil funcionários. Só Canoas tem 800 trabalhadores da empresa, sendo que um terço foi impactado pela cheia, diz o tesoureiro do Sindec, Antenor Federizzi.
Para manter os empregos, empresa e sindicato fecharam um acordo no chamado "Lay Off Calamidade", com suspensão de contrato e antecipação das parcelas do seguro-desemprego. Além disso, no início de maio, adiantou as férias de 150 funcionários e ainda conseguiu quitar todos os salários do mês.
O faturamento da empresa caiu a 20% no mês. Também foi negociado o adiamento do pagamento do termo de ajustamento de conduta com a Defensoria Pública de R$ 6,5 milhões pelo episódio de agressão a dois homens em 2022 em uma das lojas da rede. A coluna tentou falar com a Unisuper, que deixou de responder as mensagens e ligações.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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