O Banrisul ficou frustrado com a quantia destinada ao banco pelo governo federal para empréstimos com subvenção pelo Pronampe Solidário (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). Na portaria publicada pelo Ministério da Fazenda nesta segunda-feira (17), a instituição estatal gaúcha ficou com o menor valor (veja tabela abaixo), de R$ 30 milhões, enquanto havia solicitado R$ 100 milhões, montante que, segundo o presidente Fernando Lemos, permitiria emprestar R$ 250 milhões.
- Estamos muito desconfortáveis com a alocação de apenas R$ 30 milhões de Pronampe com subvenção, isso é, no mínimo, uma desconsideração com o Banrisul - enfatiza o executivo, que vem enfatizando a condição criada pelo banco para o empréstimo a pequenos negócios. - Se o tomador quitar em dia as prestações, vai pagar no máximo o capital tomado. Devolveremos o excedente. Ou seja, o juro será, no máximo, zero no final da operação.
Há dois tipos de Pronampe da enchente. Um deles tem juro anual de 6% mais a taxa de juro Selic de 10,50%, não é uma taxa baixa embora menor do que a média do mercado. Já o outro, com subvenção de 40%, fica com uma taxa nominal anual de 4%, que é apenas a inflação, ou seja, baixíssima.
Inicialmente, o Pronampe seria disponibilizado apenas por Banco do Brasil e Caixa Federal. Depois de bastante insistência, Banrisul e cooperativas de crédito também foram autorizados.
Valores da portaria disponíveis para ressarcimento com desconto:
Banco do Brasil R$ 450 milhões
Caixa Econômica Federal R$ 250 milhões
Sicredi R$ 200 milhões
Sicoob R$ 70 milhões
Banrisul R$ 30 milhões
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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