Foi prorrogado para 12 de julho o prazo para empresas se cadastrarem no programa de manutenção de emprego lançado pelo governo federal como medida pós-enchente no Rio Grande do Sul. Serão pagos dois salários mínimos (R$ 2.824) por trabalhador, divididos em dois meses. As empresas complementarão a remuneração do mês. Ou seja, o funcionário receberá o mesmo valor de sempre de salário. O objetivo é desafogar o caixa das empresas ajudando no pagamento da folha.
Inicialmente, a adesão teria que ser feita até a última quarta-feira (26), mas a procura foi - estranhamente - baixa. Apenas 17.485 empresas se inscreveram. Como a verba estava disponível, o próprio ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, já havia dito à coluna de que seria prorrogado.
Para quem se cadastrou até 26 de junho, a primeira parcela do Apoio Financeiro será paga em 8 de julho e a segunda em 5 de agosto. Para quem se atrasou e aderir a partir de agora, o pagamento ficará para 22 de julho. Os detalhes já foram publicados no Diário Oficial da União.
O Ministério do Trabalho está analisando os cadastros para identificar as empresas habilitadas, pois precisam estar na "mancha", ou seja, em locais atingidos pela tragédia. A partir de quarta-feira (3), o trabalhador será notificado pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital sobre a habilitação e pagamento. Há recursos para 436 mil trabalhadores. Ainda não são informados quantos empregos somam as empresas inscritas até agora.
O valor será pago pela Caixa Econômica Federal. Saiba como: VÍDEO: como trabalhadores receberão salários pagos pelo governo federal
Superintendente regional do Trabalho no Rio Grande do Sul, Claudir Nespolo destaca a exigência de compromisso dos empresários de que os postos de trabalho serão mantidos por quatro meses e de que seguem valendo convenções coletivas das categorias já adotadas.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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