Giane Guerra

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Jornalista de Economia, apresentadora da Rádio Gaúcha e comentarista da RBS TV, traz notícias, comentários e dicas da macroeconomia às finanças pessoais.

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Liminar manda parar obra de condomínio de R$ 30 milhões no bairro Chácara das Pedras

Ação civil pública argumenta que o empreendimento recebeu licença da prefeitura sem obedecer ao plano diretor da Capital

Giane Guerra

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Guilherme Jacques

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ABF Developments / Divulgação
Empreendimento, no bairro Chácara das Pedras, deve ter obras paralisadas. Ordem foi expedida por liminar da Justiça.

Em construção na Rua Dr. Barbosa Gonçalves, no bairro Chácara das Pedras, um empreendimento da ABF Developments terá que suspender a obra por determinação judicial. A liminar foi obtida em uma ação civil pública que alega que o projeto Monjardin Casas Suspensas não obedece ao plano diretor de Porto Alegre. A altura limite é de nove metros, mas o prédio prevê 15. Também extrapola o número de 30 unidades habitacionais permitidos na região, prevendo ter 76. 

A ação argumenta que, para usar outros parâmetros, foi enquadrado como meio de hospedagem, mas as próprias peças publicitárias o descrevem como um residencial. A prefeitura também foi questionada no processo por ter concedido a licença. 

"Colhe-se dos esclarecimentos apresentados pelo Município de Porto Alegre e pela ABF, responsável pelo empreendimento, que a licença concedida relativizou uma série de exigências do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Porto Alegre (LC nº 434/99), no que diz respeito à altura e ao porte, existindo margem considerável de dúvida também sobre a destinação das unidades, anunciadas como moradia e licenciadas como meios de hospedagem",  diz a decisão da juíza Gabriela Bobsin. 

A multa diária por seguir com a obra e descumprir a decisão judicial é de R$ 10 mil a ser paga pela ABF. A denúncia partiu da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Chácara das Pedras. A ABF optou por manifestar-se por nota, na qual diz que começou a obra após aval da prefeitura, que obedece ao plano diretor e que já recorreu da decisão judicial "com a certeza de toda a segurança sobre a legalidade do projeto, devidamente aprovado pelo município, do direito constitucional adquirido para a conclusão do empreendimento". O documento não aborda a discussão sobre a classificação do empreendimento como residencial ou hospedagem. 

Quando recebeu a liberação da obra, em 2022, a ABF informou que investiria R$ 30 milhões no projeto, com previsão de atingir R$ 65 milhões com a venda. A previsão era de finalizá-lo em 2025.

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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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