Com sede mundial na Alemanha, a TK Elevator foi bastante atingida pela inundação em Porto Alegre e na Região Metropolitana, readequou produção, mas seguirá firme com a operação no Rio Grande do Sul. A fábrica de Guaíba chegou a reduzir em 30% a produção devido a problemas de acesso e funcionários que tiveram casas atingidas, mas já retomou o uso de 90% da capacidade. Com a demanda de manutenção de elevadores de prédios danificados, "virou a chave" temporariamente:
— Levamos o foco de elevadores para peças de reposição. Procura aumenta quando a água baixa — conta o CEO, Paulo Manfroi.
Já o prédio no 4º Distrito, na Capital, teve a limpeza iniciada na semana passada. O aprendizado da pandemia permitiu adotar rapidamente o funcionamento remoto, garantindo atendimento a clientes da central de serviços. Funcionários trabalham de casa e foi alugado um escritório na Avenida Carlos Gomes.
A TK emprega 1,6 mil pessoas no Estado. Destas, 241 foram atingidas pelas cheias, sendo que 120 trabalhadores perderam suas casas. Elas receberam ajuda financeira e psicológica.
— Contatamos um a um — conta Manfroi.
Futuro da operação gaúcha
E como a sede da Alemanha viu o que aconteceu no Rio Grande do Sul? O CEO Paulo Manfroi garante que a unidade gaúcha recebeu apoio desde o início com reuniões diárias do comitê de crise. Havia preocupação com a reação da empresa.
— Mas tivemos uma curva de recuperação rápida. Clientes não sentiram — enfatiza.
Está mantido o projeto para construção de um centro de pesquisa e desenvolvimento de R$ 16 milhões em Guaíba, onde serão treinados profissionais, especialmente engenheiros. A coluna esteve no local no ano passado. O início da obra foi adiado em poucos meses, mas será em 2024.
— Queremos apoiar a economia daqui a se recuperar. O clima ficará mais hostil, mas temos que investir e nos prepararmos para enfrentar enchentes. Quem sabe essa será a grande virada do Rio Grande do Sul? A TK está com essa mentalidade. Fugir é o mais fácil, mas nós vamos ficar — finaliza o CEO.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@diariogaucho.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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