Aos poucos, os cálculos dos prejuízos econômicos da inundação começam a aparecer. Um deles é o da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL), que aponta que o comércio gaúcho deixou de faturar R$ 585,4 milhões apenas na primeira semana da inundação. Ou seja, esse número certamente já foi bem ultrapassado e será ainda mais.
O economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank, considerou o Índice Cielo, comparando com o mesmo período de 2023. A estatística pega 900 mil estabelecimentos em 18 setores. As transações caíram 15,7% no Rio Grande do Sul, contra um recuo nacional de 3,2%.
— Categorias de serviços e bens menos essenciais sofreram as piores perdas, enquanto postos de gasolina e supermercados tiveram crescimento extraordinário — observa.
Vestuário viu o faturamento cair à metade. Restaurantes, lojas de móveis e materiais de construção tiveram recuo acima de 35%. Supermercados e postos de combustíveis venderam mais, mas isso vai mudar nos próximos cálculos. Houve corrida para antecipação de consumo. A falta de produto nos dias seguintes certamente derrubou a venda.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@diariogaucho.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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