Cooperativas do Rio Grande do Sul estão pedindo ao governo do Estado que lance uma versão gaúcha do Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Pronampe). A ideia inicial é que o prazo de pagamento seja em 60 meses, com 24 meses de carência para iniciá-lo e juro com subsídio de 50% da taxa.
Ainda segundo o gerente de Relações Institucionais e Sindical do Sistema Ocergs (Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul), Tarcísio Minetto, a intenção é "customizá-lo" às necessidades dos gaúchos, considerando dificuldades que seguem da pandemia e as novas provocada pela enchente.
— As 371 cooperativas do Estado têm 76 mil funcionários e faturam R$ 86 bilhões, mais de 10% do nosso PIB — argumenta Minetto.
O pedido é que a operacionalização envolva BRDE, Badesul e Banrisul. O projeto foi apresentando ao secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, que confirmou o recebimento. Segundo Polo, a proposta será avaliada junto à Casa Civil.
Pronampe nacional
Já o Pronampe nacional, na sua versão criada para atingidos pela inundação, deve chegar aos bancos nesta semana, projetaram à coluna ministros e a Superintendência da Caixa Econômica Federal no Rio Grande do Sul. O governo prometeu R$ 1 bilhão para subvenção do juro neste crédito, com financiamento de até 72 meses com 24 meses de carência e taxa nominal de 4% ao ano.
Por enquanto, pequenos empresários poderão tomar o empréstimo na Caixa e no Banco do Brasil. Cooperativas de crédito, como Sicredi, e Banrisul articulam para entrar junto. Há posições favoráveis de integrantes do governo federal, mas depende do Ministério da Fazenda.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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