Visivelmente incomodado com o emaranhado de fios nos postes de Porto Alegre, o prefeito Sebastião Melo planeja adotar em janeiro medidas concretas para reduzir o problema, disse ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha. Confira abaixo trechos da entrevista e ouça a íntegra no final da coluna.
Em que pé está o decreto que o prefeito falou que publicaria para cortar os fios pendurados nos postes abaixo de três metros?
Está pronto para ser editado. Estamos aguardando entrarem eletricistas no quadro da prefeitura. Vai demorar uns dois meses ou mais para que eu tenha funcionário para o serviço. Eu acho que é dever da CEEE Equatorial (dona dos postes, que aluga para operadoras de telecomunicações colocarem os fios), eu acho que ela não vai fazer, mas eu vou. A primeira ação será em janeiro, começando pelo Centro. Notificaremos as telefônicas para colocarem, em um prazo de 15 dias, uma marca para saber qual fio é legalizado.
E os fios que ficam acima desta altura, a empresa de energia vai tirar?
Acho que tinha que tirar, ela é dona do poste. Agora, a prefeitura vai se colocar (agir junto para que o problema seja resolvido). Já mandei umas 20 fotos da esquina da Imperial com a Tramandaí, na Zona Sul, e continua fio no chão. Não é um problema só de Porto Alegre, é nacional, tem que haver mudança. Eu tenho conversado com deputados.
Qual a justificativa da CEEE Equatorial à prefeitura para não autorizar que construtoras façam fiação subterrânea, mesmo pagando pela instalação?
A cidade do futuro não poderia mais ter fio aéreo, mas infelizmente a Equatorial não tem licenciado e temos um passivo a resolver. Diz que tem uma norma nacional, que mesmo que as incorporadoras façam a manutenção, sairia mais cara e não entra no escopo do contrato. Tenho dito ao Germano (Bremm, secretário Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade) que teremos que endurecer, é o poder de licenciamento da prefeitura.
Ouça a entrevista completa:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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