Empresa que dá crédito para escolas que sofrem com inadimplência de mensalidades, a Educbank quer ampliar mercado no Rio Grande do Sul com R$ 50 milhões para emprestar. No país, a fintech (como é chamada uma startup financeira) tem 300 clientes, sendo que apenas nove são gaúchos. Um deles é a escola Érico Veríssimo, em Pelotas.
No produto, a escola emite o boleto na plataforma da Educbank e envia para todos os alunos. Ou seja, o pagamento passa pela fintech. O risco assumido é cobrado, claro. Este é o negócio da Educbank. Em cima de todas as mensalidades, é cobrada taxa que pode ficar entre 3% e 15%, conforme o potencial de inadimplência calculado para cada escola, que fica com a garantia de que o dinheiro entrará no caixa, mesmo que o aluno não pague. Por isso, o produto foi batizado de Inadimplência Zero.
Um dos fundadores da fintech, Caio Noronha explica que a análise de crédito para concessão e definição de taxa considera, por exemplo, índices educacionais, evasão, histórico de faturamento e localização. Como argumentação com clientes, Noronha cita a legislação que impede que a escola corte o serviço de ensino por inadimplência do aluno e a limitação do juro que pode ser cobrado de mensalidade atrasada.
A Educbank começou com dinheiro dos sócios. Mais recentemente, buscou mais no mercado por meio da emissão de debêntures, que são títulos emitidos por empresas e comprados por investidores. Além do capital de giro, ela tem linha de crédito para infraestrutura, meios de pagamento e ferramentas de gestão.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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