Enquanto a taxa média de juros ao consumidor cai há três meses, a do rotativo do cartão de crédito sobe há dois. Recuo mesmo só em julho, depois já voltou a aumentar. Ou seja, a operação mais cara é exatamente a única que está com elevação de juro entre as seis pesquisadas pela Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac).
A taxa média do rotativo está em 14,95% ao mês, o que significa mais de 430% ao ano. Para se ter uma ideia, a média entre todas as operações é muitíssimo inferior, ficando em 6,94% ao mês e 123,71% ao ano.
O consumidor entra no rotativo quando não paga a fatura do cartão de crédito. O juro é tão alto que é fácil virar uma bola de neve. Lei que entrou em vigor neste mês deu 90 dias para que as emissoras de cartão apresentem propostas de regulamentação, que terão que ser aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
O objetivo é colocar um limite no juro do rotativo, assim como ocorreu com o cheque especial em 2019. Se as empresas não providenciarem um teto, ele automaticamente ficará em 100%, ou seja, não poderá exceder o valor da própria dívida.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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