Já sem fôlego desde o ano passado, a produção industrial do Rio Grande do Sul caiu pelo terceiro mês consecutivo. O dado do IBGE de julho apontou recuo de 0,1% sobre junho, é pequeno, mas vem de um histórico recente bastante ruim. No mês, só o Ceará teve avanço. O desempenho negativo e disseminado tem sido atribuído à taxa de juro ainda elevada, deixando o crédito caro para investimento e inibindo a decisão de negócios. O Banco Central começou a reduzir a Selic na última reunião e deve cortá-la novamente em 0,5 ponto percentual na semana que vem.
Em relação a julho de 2022, a produção da indústria gaúcha caiu 4,9%. Entre as atividades, maior queda na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (-19,7%), seguido por produtos de metal (-16%) e metalurgia (-15,6%). Entre os segmentos com variação positiva, o de produtos químicos foi o mais que cresceu (8,9%), seguido por produtos de fumo (5,6%) e bebidas (1,5%).
No ano, a indústria gaúcha acumula retração de 5,9% frente a igual período de 2022, segundo Estado que mais caiu, atrás, aliás, do Ceará, que teve recuo de 6%. O acumulado nos últimos 12 meses nas fábricas gaúchas foi de -3,1%.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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