A coluna voltou a conversar com o deputado Reginaldo Lopes (PT), que coordena o grupo de trabalho da reforma tributária na Câmara Federal. Em nova entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, ele respondeu à pergunta do presidente da Associação Gaúcha do Varejo (AGV), Sérgio Galbinski, sobre as empresas do Simples Nacional ficarem de fora do Imposto de Valor Agregado (IVA) proposto, e continuarem sendo tributadas pelo faturamento.
Se uma empresa contrata serviço de uma do Simples, como ela vai se creditar desse imposto? Ou não teria esse crédito?
Uma preocupação da reforma e na unificação dos tributos, no setor de serviço, comércio e turismo, de fato, vamos ter que estudar e ter uma alíquota diferenciada. Na prática, 60% desse setor está no Simples, portanto, continuarão sobre faturamento, a mesma legislação. Então, o IVA (imposto sobre valor agregado, que substituirá uma série de outros tributos) não vai atingi-los. Dos outros 40%, posso estar errado, mas 20% são prestadores intermediários de serviços, que receberão créditos. Temos que ver como, tecnicamente. O restante, 20%, aí sim, vai para o IVA. Mas temos que avaliar, porque é um setor que emprega muita mão de obra. Geralmente, não exige muita qualificação, emprega trabalhadores da meia idade, mais de 50 anos, e um grande público de mulheres. Estamos atentos e vamos debater com o setor todas as particularidades.
Ouça a entrevista na íntegra:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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