Clientes da RGE poderão ter reajustes nas suas tarifas de energia que vão de uma queda de 1,87% a uma alta superior a 10%, ou seja, quase o dobro da inflação. Os percentuais chamam a atenção na consulta pública de revisão tarifária aberta pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O reajuste médio teria efeito ao consumidor de +6,03%. Para alta tensão, como indústria, a redução prevista é de 1,87%. Para baixa tensão, o aumento proposto é de 10,14%, sendo de 9,49% para os residenciais.
Controlada pelo Grupo CPFL, a RGE atua em 381 municípios gaúchos, com 3 milhões de clientes. A coluna solicitou uma entrevista para explicar a diferença de percentual, mas a empresa apenas enviou a seguinte nota: "A RGE informa que a proposta de revisão tarifária, submetida à Consulta Pública pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), é preliminar. A distribuição dos custos pelos subgrupos tarifários é diferenciada conforme metodologia vigente da ANEEL."
Diferentemente do reajuste anual, a revisão tarifária ocorre a cada quatro ou cinco anos. A proposta ainda pode ser alterada após a consulta pública, que vai até 12 de maio. Os novos valores valerão a partir de 19 de junho. O aumento forte aos consumidores é previsto mesmo que tenha ocorrido devolução de recursos de créditos tributários de PIS/Cofins cobrados de forma indevida, com efeito do ressarcimento de -5,51%.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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