Como o esperado, o litro da gasolina comum passou dos R$ 5 na média do Rio Grande do Sul. É efeito da volta de parte dos impostos federais, que estava zerados desde a metade do ano passado. Segundo a última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor médio ficou em R$ 5,17, o maior desde agosto de 2022. Foram encontrados preços entre R$ 4,72 e R$ 6,30.
Em relação à semana passada, o aumento foi de R$ 0,20. Ou seja, deve aparecer mais elevação nos próximos levantamentos da agência reguladora, já que só de Pis/Cofins que voltaram a ser cobrados, foram R$ 0,47. Tirando os R$ 0,10 da redução que a Petrobras aplicou na refinaria, o aumento previsto para a gasolina seria de R$ 0,37.
O preço mais alto da gasolina no Rio Grande do Sul foi atingido em junho de 2022, quando bateu R$ 7,06. Na época, tinha cidades com o combustível custando mais de R$ 8. O preço do petróleo estava alto com a guerra. No mês seguinte, começou a queda no combustível, puxada pela lei federal que zerou temporariamente Pis/Cofins (que voltam em parte agora) e reduziu o ICMS, que, no Rio Grande do Sul, caiu de 25% para 17%. Há uma discussão para que suba a uma alíquota igual para todos os Estados, sem voltar ao patamar anterior, para recompor a arrecadação.
A semana começa com o petróleo despencando mais de 5%, como efeito da quebra de bancos nos Estados Unidos. Mas ainda é cedo para considerar uma tendência. É preciso ver como a situação do sistema financeiro vai se desenrolar. Enquanto isso, Petrobras também deve alterar a formação de preços, como sinaliza o presidente Jean Paul Prates.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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