A volta da Ceitec para o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação é o primeiro passo para cancelar a extinção da estatal dos chips. A avaliação é do presidente da Associação dos Colaboradores da Ceitec (Acceitec), Silvio Luis Santos Júnior, em entrevista ao Gaúcha Atualidade. Ele participou da construção do documento que sustentou a decisão do governo Lula de suspender a liquidação. A empresa, que fica no Rio Grande do Sul, estava vinculada ao Ministério da Economia.
- O primeiro passo já foi dado. Os demais dependem da estruturação do Ministério para chegar à Ceitec, com nomeação do presidente, conselheiros e diretoria - diz Santos.
Questionado sobre os prejuízos que a empresa dava, ele respondeu a Ceitec precisa ter foco no desenvolvimento e não em produção em escala, com custos que tendem a ser maiores. Ele afirma que ela conseguiria atender ao que o mercado precisa de chips, mas teria que ser reestruturada. Atualmente, ficaram 67 funcionários para manter uma operação administrativa mínima.
- Perdemos profissionais que dificilmente retornarão - se referindo aos funcionários da área de desenvolvimento de produtos.
Em várias ocasiões recentes, inclusive em entrevista à Rádio Gaúcha, a nova ministra da Ciência, Luciana Santos, afirmou que manter e investir na Ceitec era prioridade do novo governo federal.
Ouça a entrevista do presidente da Acceitec, Silvio Luis Santos Júnior:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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