O aumento de R$ 0,23 da gasolina anunciado pela Petrobras para as refinarias a partir desta quarta-feira (25) é significativo e deve fazer a média do litro para o consumidor do Rio Grande do Sul voltar a passar dos R$ 5. Isso chegou a ocorrer na primeira semana de janeiro, quando distribuidoras e postos aumentarem preços antecipadamente com a previsão de que os impostos federais voltariam a ser cobrados. Depois, o preço caiu novamente com a prorrogação da isenção até o final de fevereiro. Antes disso, o patamar não era alcançado desde agosto do ano passado.
Segundo a última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o custo médio nas bombas gaúchas está em R$ 4,86. Pela estimativa da estatal, a sua parcela no preço ao consumidor corresponderá a R$ 2,42 com o reajuste de agora. Isso representa uma elevação de R$ 0,17 sobre o montante anterior, ou seja, alta de 7,56%, bem superior à inflação acumulada em um ano.
O principal motivo do reajuste foi a alta do petróleo, provocada especialmente pela reabertura da China, que eleva a previsão de consumo mundial. Recentemente, porém, o dólar também subiu, exercendo pressão na Petrobras para que ajustasse preços reduzindo a defasagem em relação ao Exterior. Enquanto isso, aguardam-se os trâmites para que o indicado pelo presidente Lula, o senador Jean Paul Prates, assuma a presidência da Petrobras. Em declarações recentes, ele criticou a política de preços da estatal, mas sinalizou que uma nova formatação continuaria vinculada ao mercado internacional.
A última alteração feita pela Petrobras foi no início de dezembro. Na ocasião, reduziu o preço da gasolina e do diesel.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna