Seis em cada 10 gaúchos reduziram gastos em 2022, especialmente com serviços. Os cortes mais citados pelos consumidores foram idas a bares, restaurantes e cinema; pedidos por delivery; TV por assinatura ou streaming; e itens supérfluos de supermercado. Os dados fazem parte de uma pesquisa do Instituto de Estudos de Protesto do Rio Grande do Sul (Iepro-RS), que apontou ainda que metade dos entrevistados está inadimplente, sendo que 55% disseram que os valores são os maiores dos últimos anos.
Na mesma toada, o foco para o último mês de 2022 é economizar. Entre os entrevistados que pretendem apertar o cinto no fim de ano, 39% farão ceias de Natal e Ano Novo menores e mais simples, 15% não vão comprar presentes para amigos e familiares e 12% não vão viajar.
Para 44% dos entrevistados, a sua vida financeira está sendo afetada pelo cenário econômico do país, o que, lembramos, inclui inflação e juros altos. Os empreendedores, autônomos e informais ainda sentem o impacto da pandemia e 43% estão com uma renda inferior a que tinham em 2019.
O maior medo dos gaúchos, neste momento, é perder o emprego e ficar sem renda, citado por 40% dos entrevistados, seguido de acumular dívidas (21%). Presidente do instituto, Romário Mezzari demonstra especial preocupação com o fato de que 62% dos entrevistados não têm uma reserva financeira para imprevistos.
O aumento do preço dos alimentos é o que mais pesou no orçamento dos gaúchos neste ano: 58% dos entrevistados responderam esta opção. Em seguida, aparecem os combustíveis (23%). O aluguel e a energia elétrica vêm na sequência, ambos com 7%.
O levantamento foi realizado entre os dias 3 e 22 de novembro e ouviu 700 pessoas. O Iepro-RS representa 298 cartórios de protesto do Estado.
Ouça entrevista sobre o assunto no Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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